O projeto

Fotografando Povos Tradicionais é um projeto do fotógrafo J.R Ripper. Hoje, com 61 anos este carioca ocupa lugar de destaque entre os ícones da fotografia documental humanitária no Brasil e no mundo. Já trabalhou ao lado do Ministério Público denunciando trabalho escravo em minas de carvão no interior do país, nos anos 90, e fotografou durante dezesseis anos a triste saga dos índios Guarani Kaiowá em busca de direitos básicos, como terra, saúde e alimentação. 

No Rio de Janeiro, Ripper é visto como orquestrador de um novo olhar sob às favelas. Ele é um dos fundadores da Escola de Fotógrafos Populares, que forma profissionais na área da fotografia e jornalismo. Os alunos que são prioritariamente moradores das comunidades que compõem o Complexo da Maré reafirmam os ensinamentos do mestre e empunhando câmeras fotográficas clicam uma favela rica em belezas. São imagens de afeto e carinho que resignificam a periferia e renovam o repertório de imagens que se tem sobre ela. Retirando assim, nossos olhares da pobreza de informações sobre tal lugar e consequentemente inaugurando um processo de comunicação popular, mais cúmplice e engajado. (http://www.imagensdopovo.org.br/)

Conhecido, portanto por aliar seu trabalho fotográfico à luta pelos direitos humanos, Ripper pretende neste projeto somar suas imagens às exigências das populações tradicionais que vivem nos estados de Minas Gerais e Maranhãocolaborando na luta pelo reconhecimento territorial dessas comunidades “Eu vou dar continuidade a um trabalho que venho fazendo há muitos anos. A proposta é focar em populações tradicionais de Minas Gerais e de Alcântara, no Maranhão onde vivem ribeirinhos, pescadores, quilombolas, geraizeiros e caatingueiros”, conta Ripper.

Ao final de noventa dias de viagem e quase de dez mil quilômetros rodados, o projeto irá doar todo o acervo (cerca de duas mil imagens) para instituições que estudam e trabalham em defesa dessas populações. São elas: Centro de Agricultura Alternativa (o CAA ), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha, Comissão Pastoral da Terra, Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Associação dos Moradores do Povoado Arenhengaua (AMPA) e Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Montes Claros de Minas Gerais. Além disso, haverá projeções em cada uma das onze comunidades em que o fotógrafo e sua equipe passar e cerca de mil imagens impressas serão entregues aos moradores. 


Imagem ilustrativa: em linha reta são quase 3 mil quilômetros saindo do Rio de Janeiro. A passagem por onze comunidades aumenta o trecho que será principalmente rodado de carro. 


     
Realização:                          

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